É
hoje. Sabem por quê? Porque há 109 anos, no dia 1º de novembro, nascia Edgard
Moraes, aquele que mais tarde ficaria conhecido e seria homenageado
como um dos maiores expoentes do frevo.
Edgard
Moraes e seu irmão mais velho Raul, dois músicos recifenses muito
ligados à boêmia e às serestas, logo cedo, se descobriram amantes do carnaval e
o que é mais importante, começaram a compor. E assim, a festa dedicada ao Rei
Momo, ficou mais rica, musicalmente falando. De início, compuseram frevos de
rua e canção e ainda na primeira metade do século XX, lançaram o frevo de bloco.
Os foliões e os críticos especializados aprovaram.
Mesmo
com a “partida” de Raul, Edgard não esmoreceu. Também pudera, já estava consagrado
e não dava para deixar de compor as melodias e letras com as quais conseguiu
arrebatar corações, ganhar a admiração de quem realmente amava a folia e
conquistar inúmeros prêmios nos concursos promovidos por órgãos da imprensa e
pela prefeitura.
Ser
um exemplar chefe de família, um cidadão ligado ao trabalho, compositor
carnavalesco, boêmio e seresteiro, não bastavam a esse poeta do frevo chamado Edgard.
Ele foi um grande colaborador dos diversos blocos que surgiram quando o lirismo
era a tônica do carnaval do Recife. Alguns, felizmente, ainda resistem ao tempo
e à “modernidade”.
É
simplesmente prazeroso escutar um frevo de bloco feito por Edgard Moraes, Capiba,
Nelson Ferreira, Romero Amorim/Maurício Cavalcanti Heleno Ramalho, Cláudio
Almeida/Humberto Vieira, Getúlio Cavalcanti, José Menezes/Neuza Rodrigues, entre
tantos outros.
Onde quer que
estejamos, ao ouvirmos um frevo de bloco, sentimos a sensação de estar no
Recife Antigo presenciando centenas de senhores e senhoras de cabelos grisalhos, “anestesiados” pela sonoridade dos acordes que
soam das orquestras e dos corais, esquecerem a tristeza e a idade e capricharem
naquela dança de passos cadenciados que só o pernambucano da gema sabe o
segredo. A emoção é imensurável.
Por
tudo isso e mais alguma coisa, tomamos a liberdade de sugerir aos apreciadores,
que escutem hoje e sempre, os seguintes frevos: A Dor de Uma Saudade, Bloco das
Ilusões, Evocação Nº 1, Flabelo das Ilusões, Aurora de Amor, Sonho do Poeta,
Você Gostou de Mim e Ingratidão.
OBRAS CONSULTADAS:
Compositores Pernambucanos – Renato
Phaelante
Música e Músicos Pernambucanos – Leny
Amorim
CD Carnaval sua História, Sua Glória –
Vol. 32 – Revivendo Músicas.
Pesqueira,
1º de novembro de 2013.
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