sábado, 28 de março de 2015

ÁGUA CUIDAI! - Francisco Aquino - 22/03/2015


Cuidai das nascentes dos rios
Para ver nascer a esperança
Que pulsa em nós
Por viver naturalmente.
Cuida da gente para ver fluir vida
Pelo o liquido purificante
Que mata as necessidades
Em todos os níveis
Trazendo alegria
Por viver neste chão
Machucado, agredido
Que responde com amor
Nos dando vida.
Vamos cuidar da água
O bem mais precioso da vida
Pra florir nos campos a felicidade perdida.
Precisamos cuidar da água que purifica os seres
e lava as mazelas da vida matando a sede
e fazendo cessar as necessidades
de bilhões de viventes do planeta.
Trazendo esperança pra nunca faltar
e podemos festejamos pela alegria de beber
de bem com a mãe natureza
que nos nutri de vida
tirando proveito do ciclo da água
para agradecidos aproveitamos o ciclo da vida.
Viva o planeta água
para poder existir o planeta vida na terra
e pulsar vivência abundantemente no Mundo.

segunda-feira, 23 de março de 2015

O tudo e o nada - Edmilton Torres


Sou o bonito e o feio no espelho invisível da minha inconsciência...
Sou o certo e o errado no rígido tribunal da minha inquisição...
Sou o forte e o fraco na lei da sobrevivência da selva dos meus desejos...
Sou o santo e o pecador no purgatório agnóstico da minha descrença...
Sou o amor e o ódio na tênue linha que me separa de mim...
Sou o infinito e o abismo no voo claudicante das minhas asas cortadas...
Sou a luz e as trevas no calabouço das minhas próprias masmorras...
Sou o inseto e a seiva na simbiose imperfeita do meu mundo...
Sou âncora e sou remo no oceano abissal das minhas dúvidas...
Sou o lodo e a poeira na estrada em que sou um peregrino do tempo...
Sou o início e o final de tudo que não comecei...
Enfim...
Sou tudo do nada que me completa, e...
Sou quase nada do tudo que nunca fui.

terça-feira, 17 de março de 2015

Chá Poético

A poetisa Zélia Costa para realização de Chá Poético na sua residência, no dia 26/03/2015 às 19:30 horas. Por gentileza, levem algo para compartilhar no lanche. Todos estão convidados!

sexta-feira, 13 de março de 2015

NOTA DE PESAR


A Sociedade de Poetas e Escritores de Pesqueira (Sopoespes) expressa seu profundo pesar pelo falecimento da nossa companheira poetisa Carmita Maciel, ao mesmo tempo em que presta as condolências aos parentes enlutados. Ressaltamos a valiosa contribuição literária da prezada senhora no âmbito da poesia pesqueirense, que certamente ficará como legado à geração atual e futura.

DORES DA VIDA - Francisco Aquino 2015



Dói o peito em ter que ver tanta maldades que atinge os seres humanos.
Sangra em lágrimas os seres marcados por mortes de toda espécie
que faz sofrer maculando os seres.
Dar um aperto no coração ver o ser maltrapilho de Amor vagando
na finita vida amargando tremenda desolação.
Os seres mergulham em prantos em ver tanto sofrimento sem dar jeito algum.
As dores da vida dói, machuca, fere o direito de viver.
Todo final de semana e os dias são manchados por sangue derramado em nome do nada
ceifando vidas denegrindo o ser humano.
O caos esta estabelecido e estampados na mídia
causando desespero e dor.
O ser mergulha num vazio sem fim com total ausência de civilidade
que impede os seres de serem felizes.
Por isso o peito dói atingindo a alma
que o ser magoado, acuado, desesperado sem condição do bem viver.
Penando no vale de lágrimas segue vivendo estarrecidos, infeliz de ter que ver tantos males
que gostaria de dormir e sonhar com dias melhores com vida, amor e paz.
Com os seres vivendo a plenitude dos dias de bem com a vida usufruindo da tão sonhada felicidade.
Pois o ser fracassou nos seus anseios e na vida
desejando apenas viver dignamente.
Por isso resgate a vida em boas condições já.
Para garantir a sobrevivência desejada da espécie humana.

sábado, 7 de março de 2015

Rainha ou cachorra? - Por Edmilton Torres



O espírito indomável e empreendedor do homem já lhe proporcionou muitas conquistas na terra, no mar e nos céus, mas nunca lhe permitiu conquistar por inteiro o coração de uma mulher.
A alma feminina é ao mesmo tempo encantadora e impenetrável e por isso mesmo sedutoramente bela e enigmática.
Complexa e misteriosa, a mulher consegue ser ao mesmo tempo frágil como um cristal e forte como um diamante.
Essa peculiaridade deveria sempre colocá-la num nível muito superior ao que hoje ela própria se coloca na sociedade.
É triste constatar, nos dias atuais, que o comportamento de grande parte das mulheres não dignifica esse Ser tão especial, que deveria ser o símbolo eterno do amor, da beleza, da paixão e da ternura.
Nada contra a independência e a liberdade por elas tão dignamente conquistados, muito pelo contrário, pois isso as tornou mais felizes e à medida que ocupam certos espaços na sociedade, a sua presença terna influencia e torna o mundo mais colorido e mais humano.
A minha tristeza é pela sua audesvalorização e pela aceitação pacífica e conivente da banalização do próprio corpo.
O corpo da mulher é hoje o maior trunfo do marketing comercial. Há quase sempre uma mulher seminua nos comerciais, independentemente do tipo de produto que se deseja vender.
Nas letras e coreografias das músicas que hoje fazem sucesso, a mulher é tratada de forma degradante e elas aprovam e aplaudem cantando e rebolando felizes.
O talento está deixando de ser pré-requisito para o sucesso de uma mulher, dando lugar a exuberância das formas, muitas vezes fabricada em consultórios de estética.
Se eu usasse apenas o instinto, até poderia concordar com tal comportamento, pois a visão provocante da fêmea sempre é agradável aos olhos do macho, mas a nossa espécie evoluiu e passou a ter sentimentos e valorizar comportamentos pautados no pudor, na moral e na vergonha.
Talvez me achem careta, ultrapassado ou falso moralista, mas me considero apenas um romântico saudosista, que não aceita que quem já foi chamada de deusa e rainha pelos poetas e trovadores, hoje seja chamada de cachorra nas músicas dos bailes funk.


terça-feira, 3 de março de 2015

Dia Internacional da Mulher - APLA

A Academia Pesqueirense de Letras e Artes (APLA) convida para programação em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, dia 07/03/2015 na sede da APLA, às 19h 30.

segunda-feira, 2 de março de 2015

JÁ PENSOU SE COM SEDE O SUDESTINO, VEM AQUI PRO NORDESTE SACIAR! - Valter “O Leal”

















Cinco séculos de seca nós vivemos
Convivemos com ela numa boa
Se algum dia aparece uma garoa
Nós rezamos, com a sorte que tivemos
Ao bom Deus pela chuva agradecemos
Que o melhor que fazemos é rezar
Junto a nós todos vêm acompanhar
Seja a mãe, seja o pai ou o menino
Já pensou se com sede o sudestino,
Vem aqui pro nordeste saciar!.

Quando a seca ultrapassa sete anos
Vem pra cá gente da televisão
Pra falar nos jornais sobre o Sertão
Com matérias e assuntos desumanos
Caricatam a nós seres humanos
Mostram então, uma imagem de chorar
Não perguntam se a gente quer falar
Descrevendo por fim nosso destino
Já pensou se com sede o sudestino,
Vem aqui pro nordeste saciar!.

Nossa sede por tempos foi usada
Pra prender-nos qual burros no curral
E a mentira do ano eleitoral
Na campanha era sempre utilizada
Emergência era arma de fachada
Pra fazer o matuto trabalhar
Era a “Frente” uma máquina de humilhar
E até subjugar o nordestino
Já pensou se com sede o sudestino,
Vem aqui pro nordeste saciar!.

Sudestino e sulista só pensava
Que o nosso QI não era igual
E viramos sinônimo de animal
Porque era o que a mídia divulgava
Quando alguém, ao Nordeste visitava
Encantava-se ao ver nosso lugar
Sem saber dessa forma o que pensar
Conhecendo esse povo tão divino
Já pensou se com sede o sudestino,
Vem aqui pro nordeste saciar!.

O castigo que coube ao nosso povo
Por centenas de anos perdurou
E o sistema que sempre nos usou
Espremeu-nos igual pinto no ovo
Quando um ano era ruim, outro de novo
O alento que alguém queria dar
Era só prometer de melhorar
Continuando o andar do peregrino
Já pensou se com sede o sudestino,
Vem aqui pro nordeste saciar!.

Foi aqui no Nordeste que nasceu
O país que chamamos de Brasil
Foi daqui que expulsamos povo vil
Nossa gente entre guerras já morreu
Esse povo de sede pereceu
E perece até hoje sem parar
Mas consegue com a seca se ajeitar
Aprendendo de um jeito paulatino
Já pensou se com sede o sudestino,
Vem aqui pro nordeste saciar!.

Melancias, melões e laranjeiras
Limoeiros, também canaviais
Cacaoeiro, parreiras, bananais
Cajueiros, pitangas e mangueiras
Mamoeiros, coqueiros, goiabeiras
Tudo isso essa terra pode dar
E até vinhos podemos fabricar
Sendo grandes, no mercado latino
Já pensou se com sede o sudestino
Vem aqui pro nordeste saciar!.

Igualmente a o povo do Sudeste
Nossa gente é guerreira, firme e forte
Pode haver outra igual do Sul ao Norte
Ou quem sabe também no Centro-Oeste
Mas pintaram o meu povo do Nordeste
E uma lata à cabeça só com ar
A pintura foi fácil de secar
E a moldura é de um mundo clandestino
Já pensou se com sede o sudestino,
Vem aqui pro nordeste saciar!.

É que aqueles que viram o sofrimento
Desdenharam da gente o tempo todo
Hoje em dia, tomando banho em lôdo,
Já não brincam em nosso detrimento
As TVs ainda estão, todo momento
Insistindo em com a gente comparar
E se o volume quiser ressuscitar
Vão ainda insistir no desatino
Já pensou se com sede o sudestino
Vem aqui pro nordeste saciar!.

Estou rezando pra seca do Sudeste
Não durar feito a nossa vem durando
Pois não sei se resistem, e até quando,
E se lá ainda houver “Cabra da Peste”
Foi alguém que saiu cá do Nordeste
Indo lá, pra viver e trabalhar
Outra coisa!... Se esse povo for voltar
- Ficará pouca gente seu menino!
Já pensou se com sede o sudestino
Vem aqui pro nordeste saciar!.

Há de vir uma chuva solidária
Pra encher todo açude “catareira”
E assim a megalópole brasileira
Sairá da situação precária
Só espero, que essa seca tão lendária
Molhe as mentes, botando-as pra pensar
Lave os olhos, fazendo-os enxegar
Quem nos ver inferiores, está sem tino!
Já pensou se com sede o sudestino
Vem aqui pro nordeste saciar!.


Valter “O Leal” 30.01.2015

domingo, 1 de março de 2015

Resiliência de alma - Adriana Leal


Começar tudo de novo depois de uma crise
Um parente querido que se foi, uma mudança de trabalho, uma doença que chegou
Como, porque comigo? Perguntamos. Questionamos Deus
Mas porque as coisas ruins não podem ser transformadas em boas?
Porque não ajuntar as pedras que nos jogaram para formar um canteiro de rosas?
E aquela pessoa que foi embora, porque não guardar as coisas boas e deixar ir? Porque tudo chega à nossa vida e vai embora ao tempo determinado
E a doença, porque ao invés de nos lamentarmos, não lutaremos contra ela?
Porque não paramos de olhar para o próprio umbigo e nos envolvemos em causas para ajudar o nosso próximo que tem uma vida extremamente pior que a nossa?

Resiliência: a capacidade de voltar ao estado inicial após uma crise
Que não nos deixemos abater pelas perdas, pelas lutas, pelos açoites da vida
Que tenhamos sempre esperança de dias melhores, ainda que não vejamos saída
Que olhemos para Deus nos momentos difíceis com a certeza de que ele pode mudar qualquer situação
E não nos deixemos impressionar nem com as coisas boas, nem as ruins, pois ambas passam. As primeiras, temos a sensação de que vão ligeiro, e as segundas parecem que demoram uma eternidade. Tudo impressão nossa

Mesmo diante de tudo, lutemos pelo direito de construir a nossa felicidade, entregando apenas a nossa vida a Deus, sem depender de ninguém
Que nenhum ser humano seja responsável por nos fazer feliz, mas que cada um construa a sua felicidade
Que jamais culpemos os outros pela nossa infelicidade, pois somente Deus pode nos dar a alegria de viver

Que a resiliência de alma faça parte das nossas vidas, que seja uma teimosia constante de ser feliz
E quando as crises chegarem, seremos fortes, esperando o mau tempo passar e construindo um novo futuro, que pode ser melhor que o estado anterior

E teremos mais serenidade para conviver com as adversidades da vida, mais fortalecidos, mais confiantes, tendo a certeza de que nada é eterno, do que é bom pode ser melhorado, e que as coisas ruins um dia vão embora. E nosso foco não será mais os espinhos, mas o perfume das rosas; nem as nuvens cinza, mas a transparência da água e nem o ardor do sol, mas o seu brilho que aquece e promove a vida