sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

INSÔNIA - Jacqueline Torres


Esta noite não tenho sono
Nem fome,
Nem velas,
Nem fogueiras, lustres, alfazemas
Batismo
Apenas uma teima
Um não querer render-se
à macróbia tarefa
entalada dentro das horas.
Sombreia a mão minhas paredes
Esta noite
o sono perambula nu pela rua
perfuma-se de demora
E pesa nas pálpebras sem rendição
Mais uma noite de insônia
fadiga-se de mim e ri sobre os lençóis...
Esta noite me vesti de sombras
E te recebi adornada de hipocampos
Junto de mim, o silêncio
A mão arremeteu uns versos
contra o cristal do abismo
Distraiu-se com nada
Gestou a chuva
Tomou-se de cio
E escreveu versos sem certeza
fecundados de insônia
Eras uma ilusão, um nó
Reformulou-se da terra que não dorme
das pétalas que contaminam de cor
a escuridão...
Então as cinzas que alimentam
os lírios
Cumpriram a garantia da vigília
E atravessei outra noite
tocaiando o sono ao pé de mim
Confidente eu do meu deserto
Serva dócil de minha insônia.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Chá Poético


Convidamos a todos/as para o nosso próximo Chá Poético, que acontecerá nesse domingo (01) na residência do poeta Diosman Avelino, às 16h, na Rua Valderi Tenório, 18, Quadra 8 (Residencial Pesqueira - Minha Casa Minha Vida, na primeira rua antes da entrada do Quatro Cantos). Qualquer dúvida, entrar em contato pelo telefone (87) 9140-6526 ou (87) 9158-1656. Por favor, levem algo para compartilharmos no lanche.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

AO LONGE SE VER O CLARÃO - Francisco Aquino - 21/02/2015

Estupendamente estava a caminhar em passos largos vencendo batalhas travadas nas dificuldades do viver. Porém vem o tempo impecável como sempre e marca com sinais visíveis todos que ainda detém o sopro da vida. Ergue-se tirando o mofo de tudo para encontrar sentido para uma existência salutar e feliz cheia de brilho e alegria. Externamos o que pensamos através de pensamentos, palavras e obras reinantes na nossa sobrevivência diária. Buscando a plenitude com satisfação imponente de ser útil sempre para nos eternizarmos no palco da vida existencial. Nutrindo uma vivencia maravilhosa distantes de problemas visíveis que não queremos mais virá para nossa autoafirmação quando o vencemos.Mas perto dos que amamos e buscamos juntos a felicidade. Ao longe se ver florescer lindos dias abrindo-se feito um leque com raiar estupendamente lindo clareando vidas andantes que deslumbra diariamente maravilhoso amanhecer e entardecer na fase da terra projeta por um Ser Superior que nos nutri de viver. Assim ao longe se ver o belo mundo criado pra nós mas por causa da ação humana agoniza em caos destrutivo comprometendo a sobrevivência da espécie humana.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Reminiscências de uma despedida - Edmilton Torres


Quando o brilho do sol vai declinando
E assim escurecendo os caminhos
Os pássaros retornam aos seus ninhos
É mais um dia que vai terminando

A tarde pouco a pouco silencia
Vai sumindo o gorjeio dos pardais
Findando a sinfonia dos beirais
Ficando no meu peito a nostalgia

A saudade que ainda é dolorida
Faz jorrar uma lágrima tardia
Reminiscências de uma despedida

De um alguém que para sempre partia
Marcando para sempre a minha vida
Cenário que revejo a cada dia


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

MEU OLHAR POÉTICO SOBRE A PRIMEIRA BIENAL DO LIVRO EM PESQUEIRA - Maria Rita de Freitas Albuquerque


Um programa e escolha determinado pela cultura, ligado a atividades artísticas, para um ciclo com intervalo de dois anos. Não houve outro antes. Tem publicação com texto em prosa e verso sobre variados assuntos. Em Pesqueira, é uma força que atrai com simpatia mútua e divertimento. Expresso em horas, a inauguração traz a franqueza do acontecimento. A festa, de fato, é um sucesso. Trouxe organizações que editam livros e nesta temporada inicial, novidades e produções em uma organização mantida sem fins lucrativos. O alicerce é matéria sólida na multiplicação de inteligência. Com grandeza, há conversas sobre referidos temas com diversos autores. A arte de escrever em versos e tudo o que comove e enleva; também fatos cotidianos qual vidraças em que se fazem pinturas coloridas; vocábulos, fala, fatos imaginários ou reais estão presentes. As publicações periódicas qual fossem trabalho em costura de uma manifestação verbal. Palavras, qual uma via pública urbana, que fica em nosso poder, para  transitarmos intelectualmente.
A falta da cultura lembra-nos uma terra árida por falta de chuvas. Também a estiagem de espetáculos musicais deixam-nos sequiosos. A primeira bienal de livros em Pesqueira foi-nos uma cortesia oferecida e trouxe-nos nostalgia. Sem estarmos aprisionados pela falta de leituras, podemos cortar, dividir e espalhar conhecimentos. Quanta riqueza! Qual música em assobio, em notas entre a Terra e o Sol. E nas vozes que cantam juntas num encontro de poetas e cantadores, podendo apresentar composições ou desenvolver improvisos. O acesso a tantos livros é mais que uma lanterna com grandes dimensões que nos ensina a segurar, prender-nos e, por fim, tomarmos parte nesta sucessão de acontecimentos referentes ao povo de Pesqueira, pois aqui EM PESQUEIRA, estamos adiante e o futuro literário já traze-nos o realce que exprime o recomeço imediato, e não somente na música. E é exatamente aqui, nesta região longe do litoral, onde nos firmamos e degrau por degrau chegamos a uma pataforma grandiosa. De maneira interna e cotidiana faço o meu registro.
Parabéns para todos os promotores desta I Bienal do Livro em Pesqueira.

(Texto produzido no dia 11 de dezembro de 2014, às 11h)

MRDFA - Academia Pesqueirense de Letras e Artes, cadeira 33
Sociedade dos Poetas e Escritores de Pesqueira - SOPOESPES

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A VERBAL PALAVRA - Maria Rita

  Para o Centenário do Jornalista e Escritor
  Eugênio Maciel Chacon (in memoriam)

A fala e a manifestação
A verbal palavra e a visão
Que assim expressaram a ação
Ativa e passiva, de então.

Pois os seus sons emitirão
E reflexivos pescarão
Os bons peixes da sucessão,
Mas as épocas passarão.

Temos a idade e a ocasião
Sentimento, pulso e lição
Compasso, Estado e criação.

Parte, disputa e tradição
Noção de passado e razão
Presente, futuro e missão.

(Soneto produzido em Pesqueira -PE, 15/11/2014, às 16h15)

Maria Rita de Freitas Albuquerque
Idealizadora/Fundadora da SOPOESPES,

Membro da APLA - Cadeira 33

Reunião da Sopoespes em Fevereiro/2015

Caros associados,

Tendo em vista o terceiro domingo de fevereiro/2015 coincidir com o carnaval, estamos remarcando a nossa reunião mensal para o quarto domingo dia 22/02/2015.

Atenciosamente,

Edmilton Torres
Vice-presidente da Sopoespes