sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Como os desejos se realizam (Adaptado da lenda “Os três Cedros”) - Autor: Edmilton Torres
I
Conta uma antiga lenda
Que numa floresta havia
Três Cedros exuberantes
Que viviam em harmonia
Compartilhando os desejos
Que cada um possuía
II
Em floresta libanesa
Essas árvores nasceram
E durante suas vidas
Muitos fatos conheceram
Vendo o mundo evoluir
Séculos ali viveram
III
O desejo da primeira
Seria ser transformada
No trono de um grande rei
Para poder ser lembrada
Como símbolo de poder
E sempre ser venerada
IV
A segunda revelou
O seu desejo também
Não tinha ideia precisa
Mas desejava, porém
Que fosse algo que um dia
Transformasse o Mal em Bem
V
A terceira por seu lado
Revelou desejos seus
De se transformar em algo
Que até mesmo os ateus
Quando para ela olhassem
Pudessem pensar em Deus
VI
Algum tempo de passou
E vieram os lenhadores
Os Cedros foram cortados
E por mãos de estivadores
Em navios embarcaram
Comprados por mercadores
VII
Cada um tinha um desejo
Desde a mais tenra idade
Mas seus sonhos se chocaram
Com a dura realidade
Cada Cedro foi usado
Pra outra finalidade
VIII
O primeiro foi usado
Numa simples construção
Para abrigo de animais
E cochos para ração
Também para apoiar feno
Pra sua alimentação
IX
A segunda das três árvores
Em mesa foi transformada
Sem comprador, a terceira,
Foi finalmente cortada
Ficando numa cidade
Muito tempo armazenada
X
Os Cedros eram felizes
Mas lamentavam a sorte
Suas madeiras tão nobres
De consistência tão forte
Não puderam ser usadas
Em algo de melhor porte
XI
Tempos depois um casal
Em uma noite estrelada
Procurando por refúgio
Do estábulo fez pousada
A mulher estava grávida
Dando à luz na madrugada
XII
E assim depois do parto
O bebê foi colocado
Entre o feno e a madeira
Que servia de estrado
E assim o Cedro teve
Seu sonho realizado
XIII
Agora sua madeira
Madeira nobre, de lei,
Havia se transformado
No trono de um grande Rei
E ela pensou feliz
Lembrada sempre serei
XIV
Anos mais tarde alguns homens
Numa mesa se sentaram
Mas antes que eles comessem
Umas palavras trocaram
Falando de Pão e Vinho
E a Deus glorificaram
XV
O segundo Cedro então
Nesse instante percebeu
Que o seu grande desejo
Finalmente aconteceu
Foi por aquela aliança
Que o Bem, o Mal venceu
XVI
Porém no dia seguinte
Num depósito de madeira
Fizeram uma grande cruz
Com pedaços da terceira
Que depois seria usada
De forma bem traiçoeira
XVII
Aquele homem da Ceia
Que só pregava bondade
E fez aquela aliança
Entre o homem e a divindade
Carregou a cruz nos ombros
Pelas ruas da cidade
XVIII
Horas depois em um monte
Na cruz ele foi cravado
Sem um julgamento justo
Ali foi crucificado
Deixando o terceiro Cedro
Bem triste e horrorizado
XIX
Porém antes de três dias
Daquela barbaridade
O Cedro compreendeu
Pra sua felicidade
A aliança formada
Entre o homem e a divindade
XX
A cruz da sua madeira
Foi, de forma transitória
Instrumento de tortura
Para sinal de vitória
Realizando o seu sonho
E lhe cobrindo de glória
XXI
Assim, os Cedros do Líbano
Finalmente festejaram
Pois viram que se cumpriu
O destino que almejaram
Embora não se cumprindo
Da forma que imaginaram
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
O PLEITO ELEITORAL - Wagner Leal Guimarães
“já
diz o senso comum
Que
assim como na guerra”
Em
qualquer uma eleição
A
informação se enterra
Na
campanha eleitoral
Só
se houve o trivial
Depois
o povo se ferra.
O
TSE faz propaganda
Façam
a democracia!
Nunca
deixem de votar
Mas,
na sua supremacia
Obrigam
o cidadão
Trabalhar
na eleição
Quando
ele não queria.
01
E
se você não votar!
E
se não justificou!
Precisa
se apresentar
Ao
juiz ou promotor
Na
democracia da multa
Justifica
sua culpa
Coitado
do eleitor
Liberadas
as propagandas
Para
todos os partidos
Começam
as pilantragens
Jogadas
ao seu ouvido
Como
tudo é um horror
Aparecem
o salvador
Do
brasileiro sofrido.
02
Contrata
pra se eleger
Um
bando marqueteiro
Que
pesquisa pra poder
Elaborar
seu roteiro
Vitimando
a informação
Desconstroem
opinião
Esses
bichos carniceiros.
Cada
um que se apresenta
Defendendo
seu partido
Para
conquistar seu voto
Diz
que nunca foi vendido
Mas
não tem um só projeto
Faz
do povo um objeto
Seu
brinquedo preferido.
03
Dados
são distorcidos
Mentiras
viram verdades
Brincam
com a informação
Esquece
a seriedade
E
neste mundo obscuro
Comprometem
o futuro
Da
nossa sociedade.
Situação
e oposição
Mostram
dados diferentes
Confundindo
o eleitor
Com
promessas indecentes
Querem
ser a salvação
Abusando
da emoção
Não
tem nada coerente.
04
E
o povo alienado
Cai
no jogo direitinho
Escolhe
seu candidato
Como
se fosse santinho
Pra
política se entrega
Quer
convencer os colegas
Que
o leão virou gatinho.
Toda
a gestão mal feita
Agora
ficou pra trás
Os
recursos desviados
Ninguém
se lembra mais
Parece
que o povo é tonto
É
de causar espanto
A
política que se faz.
05
Os
projetos de campanha
Ninguém
consegue entender
É
uma grande enrolação
Não
dizem como fazer
Mas
o pobre que votou
Vai
saber que se lascou
Quando
ele se eleger.
Quando
o eles se elegem
Esquecem
os prometidos
E
se alguém lhe perguntar
Se
fazem de esquecidos
Dizem
está
emperrado
No
congresso ou no senado
Os
projetos requeridos.
06
Pro
povo sobram promessas
Esquecidas
lá atrás
Só
aumentos de impostos
Remédios
e digo mais
Água,
luz e alugueis
Pra
não falar dos carteis
Que
são projetos reais.
A Geração
de emprego
A Saúde,
educação
A
mobilidade urbana
Só
na próxima eleição
E Grandes
obras mal feitas
Vão
lhes encher as maletas
Gerando
a corrupção.
07
Eleitor
é pra votar
E
o candidato é pra que?
Não
governam para o povo
Ao
Conquistar o poder
Um
político de verdade
É
quase uma raridade
Nossa
gente conhecer.
Acordar
é necessário
Para
cobrar seus direitos
Devemos
pressionar
Para
que seja feito
Projetos
pra educação
Combate
à corrupção
Para
o Brasil criar jeito.
08
Quatro
anos é o tempo
De
um pleito eleitoral
Durante
este período
Ouço
o povo falar mal
Aumentou
a inflação
Só
o salário que não
Conseguiu
um só real.
Falam
mal do presidente
Prefeito,
governador
Vereador,
deputado
Ainda
mais do senador
Mas
logo-logo se esquece
Se
um deles lhes oferecem
Um
cargo de assessor
09
O
que é mais engraçado
É
a tal da divisão
Do
sudeste com nordeste
Criticando
seu irmão
E
a mídia criativa
Vez
por outra incentiva
Que
haja desunião.
Dizem
que o nordestino
É povo desenformado
Os
que elegeram tiririca
E
Romário pro senado
Então
não se conforma
Que
o nordeste é a prova
Dum
povo civilizado.
10
Mais
vamos ao que interessa
Que
é o fim da eleição
Esquecidas
as promessas
Começa
a confusão
Quem
pagou, quer ministério
E
a farra do império
Exclui
a população.
Aumento
pra deputado
Pro
poder judiciário
Como
forma de agradar
Estes
correligionários
E
assim a burguesia
Vivem
a sua boemia
As
custa deste otários.
Wagner leal Guimarães Nov, 2014.
11
A NATUREZA DO MUNDO - Wagner Leal Guimarães
Sempre olho pro
infinito
Com olhar esperançoso
Posso ver um mundo novo
Que ninguém quer enxergar.
Vejo a luz que vai brilhar
Daquele recém-nascido
Libertando seu umbigo
Um caso particular.
Respeites a natureza
Pois ela não é inerte
Qualquer hora ela aparece
Para poder protestar.
Desse modo vai mostrar
Que também é vingativa
Do mundo está ativa
Aos danos que lhe causar.
Desabrocha do silêncio
Pra mandar seu recado
Então fique
preocupado
Pois ela se vingará.
Pois destruístes o lugar
Que era somente dela
Não combinastes com ela
E um preço hás de pagar.
Pode ser chuva de vento
Uma praga ou uma peste
Não é sonho que tiveste
irá se realizar.
Não adianta rezar
Ao chegarem furacões
Com terremotos e vulcões
Objetos irão voar
01
Ao poder da natureza
Você nunca subestime
Nem sempre ela te exime
Do valor que ela cobrar.
Pois todo ser
que ficar
Embaixo desse torrão
Os castigos lhe virão
Não adianta chorar.
Destruíram a Mata Atlântica
Para criarem as cidades
Sem nenhuma qualidade
Na hora de planejar.
E esquecestes que o mar
É filho da natureza
Sendo assim tenha certeza
Um Tsunami vai
chegar.
Madeireiras e queimadas
Destroem a vegetação
Causando a poluição
Em tudo quanto é lugar.
O homem quer fabricar
Todas suas invenções
Degelos, inundações
São custos que irão arcar.
Onde chovia demais
O “El Niño” está por perto
Transformando em deserto
As riquezas que tem lá
E “La Niña” Vai chegar
Só que vem forte demais
Ela vai tirar sua paz
E tudo vai devastar
02
Quão tão bela é
a Natureza
E nela tudo se tem
Não incomoda
ninguém
Se a ela não provocar.
Também não te cobrará
Se você nada estragou
Ganharás todo amor
Dias, e noites de
luar.
Homem ser inteligente
Dominou tudo por perto
É sinônimo de esperto
Porém não sabe cuidar.
Se quiser vai melhorar
Com mudanças de conceitos
Consertando os defeitos
Que causou para o seu lar.
A natureza agradece
E os seres vivos também
Preservar é para o bem
E todos podem ganhar.
Pra o futuro melhorar
Nesta nova relação
Passemos a geração
A vontade de lutar.
FIM.
Wagner Leal Guimaraes
03
MUITO PRAZER, CORDEL É O MEU NOME - Wagner Leal Guimarães
O meu nome é cordel
Sou crítico, sou engraçado
Faço rir, faço chorar
Sou cultura popular
E defendo meu legado.
O meu nome? É cordel
Sou leigo, mas sou formado.
Conto estórias de matutos
Meto medo em corrupto
Por isso sou respeitado.
Meu nome? Sim é cordel!
Sem querer, faço pensar.
Pensando bem é por querer
Que faço o povo entender
Que precisam reclamar
Eu: Sou sim o cordel!
E sou muito
democrático
Faço versos empolgados
E o Martelo galopado
Por isso que sou tão
prático
Ei! Você! Eu sou o cordel
Você deve conhecer
Quem descobre esta cultura!
Tem outra desenvoltura
Da leitura por prazer.
01
Cordel: é o meu nome sim!
Alerto as populações
Dos políticos,
sou inimigo
Mostro ao povo
o perigo
Dessas
instituições
Sou chamado de cordel!
E eu já tive maior fama
Fui o livro mais vendido
E também o preferido
Da cabeceira na
cama
Muito prazer! Sou o cordel
Eu falo com
sutileza
Quem observa meus versos
Vê que nele eu
confesso
Quanto é bela a natureza
Olá! Eu sou o cordel
Esquecido às vezes
sou
Depois da
tecnologia
A corda que me
prendia
Parece que se quebrou
O meu nome é cordel!
Sou forte, vou resistir.
Na verdade vou falar
Não devo me transformar
Para poder existir.
Sou o cordel, sim senhor!
Faço moda de viola
Sou alegria de vaqueiro
Conto a vida do
brejeiro
Sou leitura de escola
02
Me chamam de cordel!
E eu carrego tradição
Alegrando aos
poetas!
Sou animador de festas
Da grande população
Cordel,
sou eu mesmo!
Sou estória de Trancoso
Falo do manso e do bravo
Da elite e do escravo
Mas não sou tão perigoso
O meu nome é cordel!
Sou obra de sertanejo
Mesmo quem não
sabe lê
Pode me compreender
Realizando
solfejos
Eu também sou o
cordel!
Do matuto
sonhador
Que escreve as poesias
Bem longe da boemia
Demonstrando seu valor
Meu senhor, sou o cordel!
Eu de tudo sei falar
Da mocinha do rapaz
“Jesuses” e
Barrabás
Também posso improvisar
Cordel é o meu nome!
Sou um grande sonhador
Sonho com educação
Com saúde de montão
Para o povo sofredor
03
Eu sou o mesmo
cordel!
Continuo sendo
forte
Sou do Norte, sou do Sul
Eu sou de Caruaru
À cultura eu
dou sorte
Cordel, sou eu mesmo!
Sou a obra do poeta
Aquele que me tocar
Ira se apaixonar
Pela leitura completa
Quer conhecer o cordel?
Procure as
literaturas
Pois é a parte mais rica
Da gramática que pratica
Todas diversas culturas
Quer conhecer o cordel?
Leia autores Nordestinos
Mestre Azulão de Sapé
E Patativa do Assaré
Escrevem desde menino
Eu sei sou o cordel
Uma leitura que conquista
De, João
Firmino Cabral
E o poeta
genial
Seu José Evangelista.
Sou cordel, me apresentei!
E também falei
demais
Para quem bem
me conhece
Vou deixando a minha prece
Pra você seguir em paz
04
Ao Leitor, muito obrigado.
Por não me deixar morrer
Eu serei parte
da história
Revelei tantas memórias
Todas
feitas por você.
05
Um passeio no Nordeste - Wagner Leal Guimarães
Meu passeio no Nordeste
Agora vai começar
Pernambuco e Paraíba
Maranhão e Ceará
Vou ao Rio Grande do Norte
Sem visto, nem passaporte
Suas dunas visitar
Completando os estados
Do Nordeste Brasileiro
Tem Sergipe e Piauí
Alagoas o terceiro
Não me esqueço da Bahia
Um lugar de alegria
Que no mapa é o primeiro
Quem tem saúde tem sorte
Por que pode viajar
As cidades e capitais
Em todas possa passar
Primeiro lugar que vou
É à capital Salvador
Lá eu quero descansar
Os Soteropolitanos
Faz um grande carnaval
Cantam e dançam com Ivete
Podem ouvir a voz de Gal
Lerem os livros
de Amado
Que viveu o seu reinado
Na antiga capital
01
A lavagem do Bonfim
É demonstração de Fé
Dançar no trio de Dodô
E no terreiro Candomblé
Na Timbalada e no Samba
Vou sair de perna bamba
Na Bahia do Axé
Terra de todos os santos
Que tem clima tropical
Quero ver Gilberto Gil
Artista fenomenal
Conhecer o Pelourinho
O batuque de pertinho
Feito por Carlinhos Brown
Dou adeus a Salvador
Passando em Pituaçu
E minha próxima parada
Será em Aracaju
Era um sonho de menino
De seguir sempre o destino
Pra vencer qualquer tabu
Sergipe dos litorais
De praias bastante belas
Suas plantas suas flores
Mas Parece uma aquarela
Tem um povo hospitaleiro
Que conquista o mundo inteiro
Dos rapazes as donzelas
Em Sergipe tem petróleo
E produz gás natural
Da sua cana sai álcool
Que abastece a capital
São riquezas do seu povo
Que demonstra estado novo
Para orgulho nacional
02
A energia de Xingó
Traz a iluminação
Lá deságua o velho Chico
Patrimônio da
nação
Essa terra tem cultura
Tobias Barreto figura
descrevendo sua
paixão
Ao sair de Aracaju
Vou andando numa boa
Na BR cento e um
Viajo para Alagoas
Sem sair deste local
Visito o canavial
Para ver novas pessoas
No meu Rio São Francisco
Navego bem à vontade
Sua imensidão de águas
Só me dá felicidade
Aqui nunca fico só
Pois estou em Maceió
Capital da liberdade
Já em Palmeiras dos Indios
Vou curtir toda cultura
Passo por Arapiraca
Onde hoje tem fartura
Ela segue um novo rumo
Não é mais terra do fumo
Pois mudou sua postura
Sigo em frente à estrada
Pego o mapa então consulto
Vou curtindo a paisagem
Logo chego a Pernambuco
Do sertão ao litoral
Segue um ritmo cultural
Porque tem um povo culto
03
Recife dos Carnavais
Da cultura popular
Boiadeiros e cordelistas
Todos se concentram lá
Coco de Roda e
Ciranda
Caboclinho até
o Samba
Num Repente
improvisar
Maracatu, e Forró
Xaxado, Xote e Baião
O Aboio do vaqueiro
Na festa de apartação
Mas de tudo que escrevo
Não posso esquecer o Frevo
Que conquista o coração
O Estado de Pernambuco
Tem Recife a
capital
Quero ir a Petrolina
O extremo do local
Navegar no grande Chico
Um dos rios mais bonitos
De beleza natural
Viajando pra Salgueiro
Lá eu danço num salão
Em Exu vou pernoitar
Na casa de Gonzagão
Continuo na estrada
Chego à Serra Talhada
Na terra de Lampião
Arcoverde e Pesqueira
Tem artista de verdade
Sanharó Belo Jardim
Também são nossas cidades
Como quebra de tabu
Sigo pra Caruaru
Pra matar minha saudade
03
Do meu mestre Vitalino
Israel e Azulão
Sua feira tudo tem
Já dizia o Gonzagão
Quem conhece o seu Forró
Pra dançar não tem melhor
Nas festas de
São João
Estarei em
Garanhuns
Do inverno cultural
Quero passar umas férias
Neste clima especial
O meu rumo vou seguindo
Pois o meu próximo destino
É chegar à capital
A Veneza Brasileira
Do nosso Frei Capuchinho
No comando da missão
Demonstrou o seu carinho
No Nordeste fez história
Fixando na memória
Do povo que é o padrinho
De certeza ainda venho
A essa terra
tão boa
Mas preciso viajar
À capital João Pessoa
De tão calma não se sabe
Se está numa cidade
Ou numa ilha
bem à toa
“Paraíba masculina”
“Mulher macho sim senhor”
Foi assim eternizada
Pelo grande cantador
Estas mulheres guerreiras
Orgulho das brasileiras
Que lhes dão muito valor.
04
Cidade da
Paraíba
Que tem muita tradição
Indo à Campina
Grande
Na época de São
João
Pra dançar não tem melhor
Nas quadrilhas, tem forró
Que a poeira sai do chão
Lá também tem Repentista
Forrozeiro e cantador
Flávio José e Santana
Esses sim eu dou valor
“Zelezim” comanda a festa
Piadas que manifesta
Um sorriso abrasador
Eu preciso continuar
E aproveitar a sorte
Quero conhecer Natal
Lá no Rio Grande do Norte
Suas praias que são lindas
E a terra das salinas
E da pesca por esporte
Toda gente potiguar
Tem orgulho de suas dunas
Quem visita não esquece
As belezas que a circundam
Suas praias são bonitas
Onde os povos
se agitam
De segunda a segunda
As lembranças de Natal
Guardarei no coração
A cidade Mossoró
Também é minha
paixão
Suas noites de luar
Fez a infância eu relembrar
Me trazendo emoção.
05
No meu Rio Grande do Norte
A alegria é sem igual
Das suas praias é retirada
Toda a riqueza do sal
Como vou pro Ceará
Prometo aqui voltar
Pra viver nesse local
Fortaleza de
Alencar
Do açude de Orós
Chico Anísio lá do céu
Conta piada pra nós
Concentrado um instante
De repente num relance
Posso ouvir a sua voz
Cantores, compositores
Fortaleza tem bastante
Na verdade seus destaques
São os seus comediantes
“Eita” povo engraçado
Tem o canto improvisado
E a linguagem interessante
Lá nasceu tom Cavalcante
Tiririca e o Falcão
Também é seu conterrâneo
O Renato Aragão
Nos teatros e nas praças
Esses 'caras' soltam graças
Pra toda a população.
Lá na praia de Iracema
Vou fazer uma caminhada
Passeando na sua orla
Chegarei à enseada
Acompanho o pôr do sol
Quero ir até Icó
Pra curtir uma balada
06
Juazeiro Ceará
A terra da devoção
Para lá vão os romeiros
Viajam de caminhão
Oram para Padre Cícero
Nesse longo compromisso
Pede a ele a
proteção.
Me despeço com saudade
Sentindo muita
emoção
Mas continuo o
passeio
A São Luiz do Maranhão
As riquezas que tem lá
Tenho que prestigiar
Nesta minha migração.
É a terra dos Raimundos
Igualmente o Ceará
Lá termina o Nordeste
Para o Norte iniciar
Se quiser bem do seu lado
Conheça Um novo estado
A república do Pará.
Tremembé, tupinambás
Habitam a região
Tem um vasto território
E uma grande população
Com seu clima tropical
E um povo angelical
Conquistou meu coração
No seu rico território
Vemos a diversidade
Tem Desertos e
Florestas
Pra nossa felicidade
Lá o Mangue e o Cerrado
Estão pouco
separados
De suas praias
e cidades
07
Os Lençóis Maranhenses
São famosos mundo a fora
Bem no meio do deserto
A natureza corrobora
Deixa a água cristalina
E quem ver suas piscinas
Nunca mais quer ir embora.
Alcione a “Marrom”
É filha de São Luiz
Ela e Zeca Baleiro
Conquistaram o país
Dá orgulho pro seu povo
Querendo um estado novo
E pra sempre ser feliz.
José Ribamar Ferreira
Pseudônimo de
Gullar
Escritor e
jornalista
E o poeta do
lugar
Mais eu fico por aqui
Por que vou ao Piauí
A viagem completar.
Ao chegar ao Piauí
Vou parar por um instante
Pois eu quero aproveitar
Esse clima interessante
De dezembro a janeiro
Tem verão o ano inteiro
Onde o Sol é escaldante
Pelo Rio Parnaíba
Num passeio fluvial
Eu navego bem tranquilo
Saindo do litoral
Subo o Rio à vontade
Passando pelas cidades
Pra chegar à capital
08
E na bela Teresina
Cheia de sol e
de luz
A rainha do Nordeste
E capital que seduz
Com seu parque Nacional
Leva a história universal
À terra de vera
cruz
Na serra da capivara
Assim que me aproximei
Dos seus sítios arqueológicos
Num passo me apaixonei
E em frente das pinturas
Reconheci as figuras
Logo assim que reparei
Suas matas de caatinga
De cerrado e de cocais
São os tipos de Biomas
Com riquezas naturais
Encontramos logo ali
Nas terras do Piauí
Centenas de
animais.
Concluí minha viagem
Ao Nordeste brasileiro
Da Bahia ao Piauí
Percorri todo o roteiro
Brevemente vou voltar
Para confraternizar
Com este povo
hospitaleiro.
09
Assinar:
Postagens (Atom)