I
Eu
peço a Deus todo dia
Perdão
pelos meus defeitos
Os
que se julgam perfeitos
Vivem
na hipocrisia
Fariseus
em romaria
Pra o
altar da perdição
Quando
fazem uma oração
Pecam
pelo seu orgulho
Não
enxergam o entulho
Que
levam no coração
II
São
frios e calculistas
Com
outros seres humanos
Na
verdade são tiranos
Disfarçados
de altruístas
Com
ideias egoístas
Pra
tudo têm argumento
Pois
têm como fundamento
Saírem
vitoriosos
São
ocos, mas são lustrosos
Como
pasteis cheios de vento
III
Sentem-se
superiores
Na
sua mediocridade
Cegos
pela vaidade
Da
verdade são senhores
E
impõem os seus valores
Sem
nenhum constrangimento
Mas
esse procedimento
São
atos de um homem tolo
São
como pães sem miolo
Inflados
pelo fermento
IV
Chamam
sempre a atenção
Pouco
ouvem e muito falam
Raramente
eles se calam
Durante
as conversações
Rejeitam
as opiniões
Com
saídas elegantes
Parecem
com diamantes
Que
foram recém-polidos
São
ovos apodrecidos
Com
suas cascas brilhantes
V
Não reconhecem
os valores
Que
possuem os semelhantes
Por
vezes são arrogantes
Julgando
inferiores
Os
seus interlocutores
Já
esses por humildade
Escondem
a capacidade
De
expor seus argumentos
Guardando
seus pensamentos
Pra
outra oportunidade
VI
A
falta de humildade
É
uma grave moléstia
Que
aniquila a modéstia
E
aumenta a vaidade
Pena
que essa verdade
Parece
um prédio lustroso
E de
fachada brilhante
Mas
para o seu semelhante
É um
sepulcro pomposo
Nenhum comentário:
Postar um comentário