quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O PLEITO ELEITORAL - Wagner Leal Guimarães



“já diz o senso comum
Que assim como na guerra”
Em qualquer uma eleição
A informação se enterra
Na campanha eleitoral
Só se houve o trivial
Depois o povo se ferra.

O TSE faz propaganda
Façam a democracia!
Nunca deixem de votar
Mas, na sua supremacia
Obrigam o cidadão
Trabalhar na eleição
Quando ele não queria.
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E se você não votar!
E se não justificou!
Precisa se apresentar
Ao juiz ou promotor
Na democracia da multa
Justifica sua culpa
Coitado do eleitor

Liberadas as propagandas
Para todos os partidos
Começam as pilantragens
Jogadas ao seu ouvido
Como tudo é um horror
Aparecem o salvador
Do brasileiro sofrido.
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Contrata pra se eleger
Um bando marqueteiro
Que  pesquisa pra poder
Elaborar seu roteiro
Vitimando a informação
Desconstroem opinião
Esses bichos carniceiros.

Cada um que se apresenta
Defendendo seu partido
Para conquistar seu voto
Diz que nunca foi vendido
Mas não tem um só projeto
Faz do povo um objeto
Seu brinquedo preferido.
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Dados são distorcidos
Mentiras viram verdades
Brincam com a informação
Esquece a seriedade
E neste mundo obscuro
Comprometem o futuro
Da nossa sociedade.

Situação e oposição
Mostram dados diferentes
Confundindo o eleitor
Com promessas indecentes
Querem ser a salvação
Abusando da emoção
Não tem nada coerente.
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E o povo alienado
Cai no jogo direitinho
Escolhe seu candidato
Como se fosse santinho
Pra política se entrega
Quer convencer os colegas
Que o leão virou gatinho.

Toda  a gestão mal feita
Agora ficou pra trás
Os recursos desviados
Ninguém se lembra mais
Parece que o povo é tonto
É de  causar  espanto
A política que se  faz.
05

Os projetos de campanha
Ninguém consegue entender
É uma grande enrolação
Não dizem como fazer
Mas o pobre que votou
Vai saber que se lascou
Quando ele se eleger.

Quando o eles se elegem
Esquecem os prometidos
E se alguém lhe perguntar
Se fazem de esquecidos
Dizem  está  emperrado
No congresso ou no senado
Os projetos requeridos.
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Pro povo sobram promessas
Esquecidas lá atrás
Só aumentos de impostos
Remédios e digo mais
Água, luz e alugueis
Pra não falar dos carteis
Que são projetos reais.

A Geração de emprego
A Saúde, educação
A mobilidade urbana
Só na próxima eleição
E Grandes obras mal feitas
Vão lhes encher as maletas
Gerando a corrupção.
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Eleitor é pra votar
E o candidato é pra que?
Não governam para o povo
Ao Conquistar o poder
Um político de verdade
É quase uma raridade
Nossa gente conhecer.

Acordar é necessário
Para cobrar seus direitos
Devemos pressionar
Para  que seja feito
Projetos pra educação
Combate à corrupção
Para o Brasil criar jeito.
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Quatro anos é o tempo
De um pleito eleitoral
Durante este período
Ouço o povo falar mal
Aumentou a inflação
Só o salário que não
Conseguiu um só real.

Falam mal do presidente
Prefeito, governador
Vereador, deputado
Ainda  mais do senador
Mas logo-logo se esquece
Se um deles  lhes oferecem
Um cargo de assessor
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O que é mais engraçado
É a tal da divisão
Do sudeste com nordeste
Criticando seu irmão
E a mídia criativa
Vez por outra incentiva
Que haja desunião.

Dizem que o nordestino
É  povo desenformado
Os que elegeram tiririca
E Romário pro senado
Então não se conforma
Que o nordeste é a prova
Dum povo civilizado.
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Mais vamos ao que interessa
Que é o fim da eleição
Esquecidas as promessas
Começa a confusão
Quem pagou, quer ministério
E a farra do império
Exclui a população.

Aumento pra deputado
Pro poder judiciário
Como forma de agradar
Estes correligionários
E assim a burguesia
Vivem a sua boemia
As custa deste otários.

Wagner  leal Guimarães   Nov, 2014.
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