quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Clipagem produzida por Wagner Leal Guimarães

Diz o senso comum que, assim como na guerra, em uma campanha eleitoral a primeira vítima é a informação. Creio que isto é verdade e a campanha de 2014 não foge à regra. A doze dias do primeiro turno, os candidatos na TV inflam números, distorcem dados e semeiam suas “verdades” peculiares. Perde, evidentemente, o eleitor, que no momento de escolhas de futuro fica enredado em meio a um bombardeio de informações, muitas delas incorretas.

Neste ano temos um registro sistemático disso graças à iniciativa do site de jornalistas investigativos da Agência Pública, que tem acompanhado os programas de TV dos presidenciáveis desde o início, em 19 de agosto. Os jornalistas, como que em um jogo de cartas de Truco!, pinçam frases que saem na TV e desafiam os candidatos a prová-las, classificando-as como “blefe” ou “não é bem assim” ou “tá certo, mas pera aí”.

 Selecionei algumas dessas frases do programa que foi ao ar no último dia 20 de setembro. Veja:
Deu no programa da DILMA: “Mais de 900 mil unidades do Minha Casa, Minha Vida estão sendo adaptadas para atender as necessidades de pessoas com deficiência (adaptação de 916.763 casas)”.
 Escrevem os jornalistas:
 “Esse número se refere a casas adaptáveis, ou seja, moradias que podem receber kits de adaptação de acordo com a deficiência (…) O balanço da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República contabiliza a entrega de 11.046 moradias já adaptadas até final de julho deste ano. Isso equivale a 1,2% das 925.333 moradias adaptáveis contratadas pelo Minha Casa Minha Vida”.
 Já  no programa de MARINA foi prometido: “Estender para todo o Brasil o Programa Pacto pela Vida que reduziu pela metade a violência em Pernambuco”.
 Apuraram os jornalistas: “Segundo dados do próprio governo de Pernambuco, o programa citado reduziu os crimes violentos entre 2007 e 2013 em 39,1% e não 50% como afirma a candidata”.
 Já no espaço de AÉCIO um sindicalista da Força Sindical afirmou: “Este governo atual não deu um centavo de aumento para os aposentados”.
 Escrevem os jornalistas: “A maioria dos aposentados pelo INSS recebe apenas o piso, que não pode ser inferior a um salário mínimo. Segundo a ANASPS são 21,5 milhões de pessoas, ou 71,6% do total. Para esse grupo, os reajustes foram superiores à inflação”.
 Vistos isoladamente, os cacos de informações distorcidas na TV parecem coisa de menor importância frente aos problemas mais “de fundo” das campanhas eleitorais, como a prevalência do poder econômico, a influência velada dos lobbies, o número excessivo de partidos e o próprio desencanto dos eleitores com a política institucional. Tomadas em conjunto, porém, as “pequenas” distorções compõem um indicador ruim para a democracia.
BRASILEIRO É COMO MULHER DE MALANDRO, ME BATE QUE EU GOSTO

Exclusivo: jornalista e ex-oficial da Marinha dos EUA sustenta que CIA matou Campos e diz que "Marina é a predileta dos EUA e dos especuladores"

Jornalista de renome nos EUA, Wayne Madsen publicou em sua coluna no jornal online Strategic Culture Foundation o texto em que denuncia  que a morte do candidato a presidente Eduardo Campos (PSB), em acidente de avião no dia 13 de agosto, teria resultado de uma trama da CIA.
O artigo é intitulado “All Factors Point to CIA Aerially Assassinating Brazilian Presidential Candidate” (“Todos os Fatores indicam que a CIA assassinou por via aérea candidato brasileiro à Presidência”). Madsen estabelece que uma derrota de Dilma Rousseff representaria uma vitória para os planos de Barack Obama de eliminar “presidentes progressistas” da América Latina.
Wayne Madsen concedeu entrevista exclusiva a este blog, em que reafirma a tese de que a CIA matou Campos. Ex-oficial da Marinha dos EUA, o jornalista Wayne Madsen é taxativo: “Marina Silva é a favorita de Obama e do George Soros. Marina defende que os EUA comandem a globalização, livre comércio, investimentos privados e Marina é pró-Israel: Marina é do jeito que o Pentágono e Wall Street adoram”. Ele é taxativo: os técnicos da National Transportation Safety Board, órgão dos EUA que investiga acidentes, vieram ao Brasil para levar as provas do acidente de Campos para os EUA – e sumiram com elas.
Wayne Madsen é jornalista e ex-oficial da Marinha dos EUABlog do Tognolli - Você conhece algum caso nos EUA que envolva não gravação de conversações e fatos similares aos de Campos?
Wayne Madsen- O caso da queda do avião de Campos não recebeu nenhuma cobertura na mídia dos EUA. Mas aqui nos EUA já vimos casos similares em não divulgação de teor de caixas pretas após grandes acidentes, como no caso da quedas do TWA 800, vôo American Airlines 587 de Nova York a Santo Domingo, na República Dominicana, e queda dos aviões do senador Paul Wellstone e de John F Kennedy Jr. 
Nota do blog: John Fitzgerald Kennedy, Jr. (25 de Novembro de 196016 de Julho de 1999), conhecido também como John F. Kennedy, Jr., JFK Jr., John Jr., John Kennedy ou John-John, era um advogado, jornalista e editor estadunidense. Era filho de John F. Kennedy e de Jacqueline Kennedy Onassis e irmão mais novo de Caroline Schlossberg.
Em 1995, John Kennedy, Jr. fundou a revista George.
Em 21 de Setembro de 1996, casou-se com Carolyn Bessette.
Três anos depois, em 16 de Julho de 1999, John, sua esposa Carolyn e sua cunhada Lauren morreram num acidente de avião.1 Kennedy estava pilotando o monomotor. Os três estavam indo para o casamento da prima de John, Rory. Ele faleceu aos 38 anos e seu corpo foi cremado.
Blog do Tognolli -Você apenas opina sobre a participação da CIA na morte de Campos ou tem elementos como indícios de prova material?
Wayne Madsen  -Os rastros do envolvimento da CIA na morte de Campos são as anomalias técnicas que envolvem a queda e a confusa história da propriedade do avião. A L3 Communications and Textron prestam serviços para a CIA.
Nota do Blog: A L-3 Communications, Inc. é uma empresa de Defesa americana, baseada em Manhattan, Nova York, que fabrica equipamentos de “Controle e Comando”, Comunicações, Inteligência, Monitoramento, sistemas de reconhecimento, aviônica, além de instrumentação e produtos oceânicos e aeroespaciais. A empresa possui 63.000 funcionários e um faturamento superior a 15 bilhões de dólares. Seus principais clientes são o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, a CIA, a NASA e diversas empresas de telecomunicação e forças armadas internacionais.
A Textron Company é uma holding norte-americana que controla empresas fabricantes de aeronaves civis e militares.
A Textron foi fundada em 1923, por Royal Little, como Special Yarns Company hoje inclui empresas em diversos ramos de negócios como:
Blog do Tognolli - Quais outros casos envolvem a CIA?
Wayne Madsen  - A CIA dispõe de vasta experiência em derrubar aviões: derrubaram o avião dos presidents Roldos, no Equador, Torrijos, no Panamá, do líder revolucionário cubano Camilo  Cienfuegos, em 1959, e o também o avião da Cubana 455, em Barbados. A CIA também derrubou o avião do primeiro-ministro de Portugal, Sá Carneiro, e de seu ministro da defesa, mortos na queda do Cessna 421 em Lisboa, em 1980, numa pré-eleição muito parecida agora com a pré-eleição de Campos. Essa queda pavimentou a entrada de um governo português pró-EUA.

Temos também a morte do candidato presidencial venezuelano Renny Ottolina, morto numa suspeita queda de um Cessna 310, em 1978. Renny Ottolina era um apoiador dos ideias bolivaristas para a integração total da América Latina, ideais que foram mais tarde adotados por Hugo Chavez e eram obviamente combatidos pela CIA. Renny Ottolina seria um futuro alvo primordial da CIA por sustentar esses ideais no poder. O líder político indiano Madhavrao Scindia morreu numa queda suspeita de Cessna C 90 em 2001. Ele era o autêntico marajá da cidade de Gwalior, e se desse certo como líder politico nacional teria trazido de volta as regras de antigos principados, muitas das quais seriam radicalmente opostas à globalização da sociedade Indiana. Ele seria um dos maiores estorvos para a CIA.
Nota do Blog:
Gwalior é uma cidade do estado de Madhya Pradesh, na Índia. Localiza-se no centro do país. Tem cerca de 917 mil habitantes. Foi capital de um principado semi-independente até 1947.
Blog do Tognolli - Por que na sua opinião a CIA escolheu Campos, e não o venezuelano Maduro ou nossa presidente Dilma ?
Wayne Madsen -Porque o PT de Dilma teria nomeado rapidamente um substitute petista caso ela fosse assassinada. Campos virou um alvo para poder elevar Marina e garantir uma derrota a Dilma e ao PT.
Blog do Tognolli  - Há casos similares de queda de Cessna 560XLS, como o de Campos?
Wayne Madsen -Não, esse avião tem índices de segurança exemplares. Mas o avião de John F Kennedy Jr era um Cessna que suspeita-se tenha sofrido sabotagem. Um Cessna 310 caiu e matou o republicano Hale Boggs, um membro dissidente da comissão Warren, que investigava a morte do president John Kennedy. Hale Boggs acusava a CIA de estar por detrás do assassinato do president John Kennedy. A queda de um Cessna 335 matou também o governador do estado do Missouri, Mel Carnahan, um dia antes das eleições.
Nota do Blog:
A Comissão Warren (nome oficial The President’s Commission on the Assassination of President Kennedy), foi estabelecida em 29 de Novembro de 1963 pelo presidente dos Estados Unidos da América Lyndon B. Johnson para investigar o assassinato do presidente John F. Kennedy.
Blog do Tognolli  - Por que você não confia nos membros da National Transportation Safety Board, que veio ao Brasil investigar a queda do Cessna de Campos?
Wayne Madsen -Porque esse pessoal da NTSB foi publicamente acusado de acobertar as causas da quada do TWA 800
Blog do Tognolli -  Como ex oficial da Marinha dos EUA, você foi um dos responsáveis por ter implantado o primeiro programa de segurança deles. Você dispoõe de fontes militares para acusar a CIA na morte de Campos?
Wayne Madsen -Eu de fato tenho muitas fontes da comunidade de inteligência dos EUA que acusam o diretor da CIA, John Brennan, de participar de mortes praticadas pela CIA em serviços clandestinos que fazem parte rotineira das operações diárias da CIA.
Blog do Tognolli - Como a CIA mascara crimes, como você sugere tenha sido feito com Campos?
Wayne Madsen - Mascaram fazendo com que tais crimes se pareçam com acidentes e depois passam a acusar quem os põe em xeque como sendo teóricos da conspiração, fazendo uso de jornalistas pagos pela CIA para disseminar a propaganda dos serviços de inteligência dos EUA.
Blog do Tognolli - Como a  National Transportation Safety Board  opera então no Brasil?
Wayne Madsen  - O pessoal da NTSB só atua em nome do governo doa EUA, sempre acusando alguém pela queda de aviões, para despistar, como fizeram agora contra o governo da Rússia, acusando-o de ter derrubado o avião da Malásia Airlines 17 na Ucrânia.
 Blog do Tognolli  - Quem são os políticos favoritos dos EUA no Brasil e quem são os mais odiados?
Wayne Madsen - Marina Silva é a favorita de Obama e do Soros. Marina defende que os EUA comandem a globalização, livre comercio, investimentos privados e Marina é pró-Israel: Marina é do jeito que o Pentágono e Wall Street adoram.
Blog do Tognolli  - Como um repórter investigativo brasileiro poderia ter atuado no caso Campos?
Wayne Madsen -Jamais deveriam ter permitido que o pessoal da National Transportation Safety Board tivesse sido permitido a retirar evidências e dados físicos da cena da queda do avião de Campos e os levado aos EUA: jamais.
Nota do Blog: George Soros (Budapeste, 12 de Agosto de 1930) é um empresário e homem de negócios húngaro-americano. Ficou famoso pelas suas atividades enquanto especulador, nomeadamente em matéria de taxas de câmbio, chegando a ganhar 1 bilhão de dólares em um único dia apostando contra o banco da Inglaterra, bem como pela sua atividade filantrópica, que apoiou entre outros, a Universidade Central Europe


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