terça-feira, 25 de março de 2014

A infidelidade do poeta e a gratidão do poema - Edmilton Torres


Oh! Tu que já foste a preferida
Como musa para minha inspiração
O poema que a ti eu prometi
Ficará por um tempo adormecido

Se outra musa despertá-lo qualquer dia
Por favor, não recrimine este poeta
Pois a alma do poeta é infiel
E não consegue evitar novas paixões

Se da alma de um poeta saem bons versos
Não importa qual foi sua inspiração
Se do poeta não terás fidelidade
Do poema que inspiraste,
Terás sempre a gratidão


segunda-feira, 24 de março de 2014

ÁGUIA DO AGRESTE QUE ENCANTA E VOA ALTO - Francisco Aquino - 20/03/2014

O sonho se tornou real depois de lutas travadas com determinação.
A águia do Agreste voou bem alta e tornou eterno o seu cantar que em coro foi acompanhada pela multidão vibrante de emoção.
Que canto apaixonante minha Águia querida que emocione este seu torrão.
Canta Águia Agrestina, pois é lindo o teu cantar empolgando nos campos que floriu com o teu voar.
Canta Águia Pesqueirense abrindo caminhos envolvendo todos para num coro só a cidade se juntar.
Paixão guerreira com baluartes a vibrar e o time com gloriosas vitorias lindas conquistar.
Ecoa agradecimentos por belos feitos demonstrando honradamente teu comprometimento com a causa abraçada e sonhada com muito amor e paixão deste lindo chão.
Voa minha Águia nos fazendo vibrar por cada emoção.
Canta Águia querida como é bonito o teu cantar depois de cada vitória com honra e gloria.
Agradecidos estamos ao baluarte guerreiro seu criador que com outros que abraçou soube sonhar e realizar um desejo de toda cidade que vibra ao teu cantar e conquistar.
Ecoa Águia aguerrida no cenário mundial de Pesqueira, Pernambuco e Brasil para o Mundo sou Pesqueirense sou com orgulho e amor.
Águia amada louvada seja por cada emoção e conquistas lindas que elevam o coração vendo todos irmanados num só cantar o hino do amor pelo o nosso lindo torrão.
Águia Guerreira nunca canse de cantar e renovar este sonho lindo para massa vibrar não podendo retroceder jamais.
Avante guerreiros lutadores por vitorias e grandiosas conquistas que ficaram marcadas na história desta cidade agradecida e feliz.
A Águia chegou marcou presença e ficou se renovando a cada ano tornando-se mais forte nos gramados. Ecoando maravilhosas vibrações voando bem alto mostrando com eficácia ao Mundo e o Brasil sua força de vencedora que sempre será.
Parabéns Águia Agrestina Pesqueirense, pois é maravilhoso o teu cantar de altivez e empolgação pelo o seu conquistar.
Linda Águia que voa e ecoa por este chão o teu zumbido forte vibrante Pesqueira, Pesqueira, Pesqueira pra sempre campeão.

Relato Maria Rita - Dia Internacional da Mulher



O Piano - Luiz Cristovão


domingo, 23 de março de 2014

O CINZA - Jacqueline Torres


A cor cinza é sempre das estradas
dos céus chuvosos
Do aceno de adeus
Da pausa em meio à frase
A cor cinza é sempre da caatinga
É sempre deste meu peito
Não importa o meu riso −
A decoração da sala íntima
é sempre da mesma cor
Os fios elétricos
os postes tísicos
A cor cinza é sempre minha lágrima
Meu suspiro de areia, cinza
...Da velha fuligem
em torno do velho fogão de lenha
que me persegue,
que me queima a memória exausta
e solitária!
A cor cinza sopra o capim
E troveja órfãos trovões
pelas serras cinzas de pano
O vento é cinza,
minhas saudades, o poço
a fumaça distante,
a pausa,
o porto e o ponto.


Texto publicado no livro da autora “Cosendo Palavras Soltas”

O que estou vendo em Pesqueira - Autor: Minervino Osório



Pesqueira hoje está
Como um velório sem dono
Que morreu no meio da rua
No maior do abandono
Pesqueira está conhecida
Como uma cidade sem dono

Acabou-se aquelas festas
Que se brincava à vontade
Hoje para fazer isso
Tem que ir pra outra cidade
É muita gente que sai
Carro e ônibus vão lotado

Aqui não se ouve música
E nem um rádio tocar
Se tocar um pouco alto
A polícia vem parar
Se falar leva preso
E não tem a quem reclamar

Festas tradicionais
Em Pesqueira ainda tem
As outras foram embora
Ninguém sabe quando vem
Foi embora tudo isso
E as serestas também

Jesus Cristo disse assim
“Nem só de pão vive o homem”
Nós aqui em Pesqueira
Vivemos passando fome
Porque só tem esse pão
E apenas um engano

Pois está faltando tudo
Não temos a quem reclamar
É viver só com o pão
O resto deixa pra lá
É viver na esperança
Que um dia vai melhorar

Faltam ainda muitas coisas
Pra completar esse pão
Lazer e divertimento
Em Pesqueira não tem não
Procura outra cidade
Que possa nos dar a mão

Pesqueira era conhecida
Como Atenas do Sertão
Hoje está sendo Pesqueira
A pior da região
Turista que sempre vinha
Agora não vem mais não

Vamos pedir aos homens
Ao Jesus Cristo também
Que mude esse clima triste
Que Pesqueira hoje tem
Os turistas que vinham antes
Hoje à Pesqueira não vem

Vamos aguentar tudo isso
Ninguém sabe até quando
De vagar está vendo
O comércio se acabando
E isto que estamos ouvindo
Todo mundo reclamando

E reclama com razão
Ninguém pode tirar
O direito do cidadão
Que trabalha estuda todo dia
O lazer não tem não
Está faltando ainda
O complemento do pão

Eu não falo de ninguém
Estou aqui comentando
O que falta em Pesqueira
Lá um dia vai chegando
Os jovens acham ruim
Vão sempre se conformando

Pesqueira está se sumindo
Com muita velocidade
As festas que tinham aqui
Só tem em outras cidades
Para os turistas que vinham
As portas estão fechadas

Aqui termino o que eu penso
E os outros pensam também
Pesqueira está se afundando
Mesmo assim eu quero bem
O que escrevi aqui
Não ofendi a ninguém

Minervino Osório








Ainda sobre o Dia da Poesia - Colaboração: Edmilton Torres



         O dia nacional da poesia é em 14 de março, homenageando Castro Alves. A data é celebrada em seu aniversário (o poeta nasceu em 14/03/1847).  Atualmente, há um Projeto de Lei do Senado (Nº 501 de 2009), de autoria do senador Álvaro Dias, do estado do Paraná, que tenta mudar a data para o aniversário de Carlos Drummond de Andrade (31 de outubro).
         O dia mundial da poesia é em 21 de março. Criado pela UNESCO, com o objetivo de estimular a produção e celebrar a poesia como forma de arte em todo o mundo.
         A poesia, também chamada de gênero lírico, é uma das sete artes tradicionais (As demais são: música, dança, pintura, escultura, teatro e cinema), pela qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos, ou seja, ela retrata um cenário em que tudo pode acontecer, dependendo tanto da imaginação do autor como da imaginação do leitor.
         A poesia compreende aspectos metafísicos (no sentido de sua imaterialidade) e da possibilidade de esses elementos transcenderem ao mundo fático. Esse é um terreno fértil para o poeta.
         A poesia como uma forma de arte pode ser anterior à escrita. Muitas obras antigas, desde os vedas indianos (1700-1200 a.C.) e os Gathas de Zoroastro (1200-900 a.C.), até a Odisseia (800 - 675 a.C.), parecem ter sido compostas em forma poética para ajudar a memorização e a transmissão oral nas sociedades pré-históricas e antigas. A poesia aparece entre os primeiros registros da maioria das culturas letradas, com fragmentos poéticos encontrados em antigos monólitos, pedras rúnicas e estelas (A palavra estela provém do termo grego stela, que significa "pedra erguida" ou "alçada"). O poema épico mais antigo sobrevivente é a Epopeia de Gilgamesh, originado no terceiro milênio a.C. na Suméria (na Mesopotâmia, atual Iraque), que foi escrito em escrita cuneiforme em tabletes de argila e, posteriormente, papiro.
         Os esforços dos pensadores antigos em determinar o que faz a poesia uma forma distinta na literatura e o que distingue a poesia boa da má resultaram na "poética", que vem a ser o estudo da estética da poesia.
         A poesia é uma arte baseada na linguagem, mas também tem um significado mais geral que é difícil de definir, porque é muito subjetivo: a poesia expressa um estado da mente.
         Poesia é a expressão de um sentimento. O poema é esse sentimento expressado em palavras; palavras que tocam a alma. Poesia é diferente de poema. O Poema é a forma que se está escrito e a poesia é o que dá a emoção ao texto.
         O poeta, para expressar os seus sentimentos, pode até fazer uso da chamada “licença poética”, que é a permissão para extrapolar o uso da norma culta da língua, tendo a liberdade para recorrer a recursos como o uso de palavras de baixo-calão, desvios da norma ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a utilização de figuras de estilo como a hipérbole (expressão de uma ideia de forma exagerada) ou outras que assumem o carácter "fingidor" da poesia, de acordo com a conhecida fórmula de Fernando Pessoa ("O poeta é um fingidor").
         Considerando que a matéria prima do poeta é a palavra, ele tem toda a liberdade de manipulá-la, mesmo que isso implique em romper com as normas tradicionais da gramática, para expressar os seus verdadeiros sentimentos.
         Portanto o poeta não deve ficar preso à rigidez e tradições de uma língua para compor seus textos poéticos. Como disse Cora Coralina em seu poema O poeta e a poesia, “Não é o poeta que cria a poesia e sim, a poesia que condiciona o poeta. Poeta é a sensibilidade acima do vulgar, poeta é o operário, o artífice da palavra e com ela compõe a ourivesaria de um verso”. E aconselha: “Alcançar estatura de poeta, publicar um livro, oriento para a leitura, reescrever, processar seus dados concretos, não fechar o caminho, não negar possibilidades”.
         A poesia contemporânea está sendo produzida de forma que as palavras quase pulam para “fora da página”. A nova corrente literária, que explora a plataforma da internet, não somente em termos de divulgação, mas também no que se refere à criação, tem chamado a atenção dos estudiosos. O professor Jorge Luís Antônio, autor do livro “Poesia Digital: teoria, história, antologias”, afirmou a um jornal brasileiro sobre esses artistas recentes:  “Alguns fazem apresentações em público, na mesma linha dos dadaístas (movimento artístico da chamada vanguarda artística moderna, iniciado em Zurique, em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial) do Cabaret Voltaire, no começo do século XX. Outros fazem poesia ‘cíbrida’ (contração de ‘híbrido’ e ‘cibernético’), com uso de arte, design e tecnologia. O importante é que todos focam nos aspectos poéticos”.
         Sentimento e autenticidade devem ser os balizadores do poeta na composição da sua obra. Não queiramos ser nem copiar ninguém, mesmo aqueles que estão no mais alto grau da nossa admiração. Devemos, sim, aprimorar-nos em busca da perfeição. E volto a citar a grande poetisa Cora Coralina: “Poeta é ser ambicioso, insatisfeito, procurando no jogo das palavras, no imprevisto texto, atingir a perfeição incansável. O autêntico sabe que jamais chegará ao prêmio Nobel, o medíocre se acredita sempre perto dele”.

Colaboração de Edmilton Torres
Fonte de Pesquisa: Wikipédia








quinta-feira, 20 de março de 2014

DEUS E O AMOR - Francisco Aquino - 03/02/2014



Deus é espiritual
presente em todo momentos
por ser superior
sendo a própria bondade
por isso é amor.
Deus é criador
Caridoso e generoso
por isso é amor.
Deus é  humildade
Divino que se fez menino
mesmo sendo redentor
que se doou como salvador
por tudo isso é amor.
Deus é amigo e protetor
é vida ressuscitada
perdão e oração
sobretudo amor.
Por ser tão amoroso
quer ver todos vivendo
o amor e a paz
convivendo feliz.

Dia da Poesia - Zuleide Siqueira


No segundo parágrafo, onde se lê: "escravocrata", leia-se: "abolicionista".

MAS RAPAZ! - Walter Jorge de Freitas



                                                              
                                                                                                                                                 
                “Fazendo a barba com a torneira aberta, hein?”. Hoje, decorridas mais de três décadas, ainda me lembro dessa advertência exibida na televisão em que um ator de voz grave, dono de um volumoso bigode branco, flagrava um jovem se barbeando no banheiro, sem se dar conta do desperdício de água causado pelo seu ato.
            Um pouco antes, em janeiro de 1967, fui a Recife a fim de tirar a minha carteira de identidade e vi em um restaurante localizado perto das Lojas Viana Leal, um funcionário controlando o fluxo da torneira enquanto os clientes lavavam as mãos.
            Tudo isto, por causa da impiedosa seca que castigava a Região Nordeste. Com tristeza e ao mesmo tempo, revolta, sou forçado a dizer que daquela época até os dias atuais, quase nada mudou.
            O desequilíbrio ecológico causado pelo crescimento das cidades há muito vem mostrando que o Homem não ficará impune pelos crimes praticados contra a Natureza.
            Só os governantes fingiram ignorar esse desastre amplamente anunciado. As secas sempre ocorreram, mas agora as consequências são maiores, porque aumentaram as áreas e o número de pessoas atingidas.
            Para os políticos, a saída mais cômoda é colocar a culpa nos longos períodos de estiagem. Mas por que não fizeram a parte deles?
            No caso de São Paulo, por exemplo, no início deste mês, um cidadão bem informado disse ao um repórter de renomado telejornal que a SABESP tempos atrás, deixou de investir em projeto mais promissor para a capital paulista e preferiu apostar no já exausto sistema Cantareira, por sair um pouco mais barato. Os resultados estão aí.
            Dando um “pulinho” da maior metrópole brasileira para a nossa Pesqueira, encontramos situação semelhante em se tratando de descaso governamental.
            A construção da Barragem de Pão de Açúcar no início da década de 1980, quando o governador era o Dr. Roberto Magalhães, constava de um projeto que previa outras barragens ao longo do Rio Ipojuca. Mas a ideia não saiu do papel, porque os governadores que o sucederam não quiseram e os pesqueirenses e habitantes dos outros municípios que seriam beneficiados pela obra, tão omissos e acomodados quanto nós, simplesmente não exigiram.
Os belo-jardinenses, sempre na vanguarda, quando os interesses de seu município estão em jogo, lutaram e conseguiram uma barragem no leito do Ipojuca.
Diante dessa situação de penúria que passamos por não termos água nas torneiras devido à falta de ação dos políticos, perguntamos: Onde estavam as nossas lideranças que assistiram passivamente essa maneira absurda utilizada para abastecer o nosso município? Já faz quase trinta anos que a água de pão de açúcar desce rio abaixo, percorre dezoito quilômetros até o sítio Caianinha e de lá é bombeada para a nossa estação de tratamento, operação que seria simplificada com a instalação de uma adutora.  
O pior é que nesse percurso, além dos desvios, ocorrem também a evaporação e a contaminação por tudo quanto é nocivo ao ser humano. Sem falar no desperdício!
É nessas ocasiões que lembramos e sentimos muita falta do cidadão Othon Almeida, zeloso funcionário do IBGE e acima de tudo um pesqueirista de primeira.
E você aí, rapaz, continua lavando sua moto, seu carrão e o seu terraço usando a mangueira do jardim? Quanta falta de solidariedade meu caro pense também nos outros.


                                               Pesqueira, 19 de março de 2014.
             
              

“O CINZA” - Zélia Costa

É cinza a cor da nuvem pra chover
É cinza prata a cor da lua a brilhar
É cinza a cor da angústia e do sofrer
E a da canção no violão a dedilhar

É cinza a cor do brilho triste do olhar
De alguém que sofre as amarguras do viver
Sempre cinza a cor da agonia de amar
(Tarde chuvosa...) Pingos de chuva na janela a correr

O cinza, amiga, embora seja uma cor fria
Também é calma até meiga e serena
Parece triste, mas traz paz e calmaria
Fazendo a vida em sua cor ser mais amena

Admirou-me, poetisa, sua linda poesia
Pois da cor cinza muito bem você falou
Sua mensagem sobre a cor trouxe magia
E os segredos a cor cinza então calou.

Domingo, 21 de abril, 2013

Obs.: Esta poesia é uma resposta à poesia da colega da SOPOESPES, Jacqueline Torres sobre a cor “Cinza”.