I
Muita
gente que conheço
Vive
de recordação
Desse
mal eu não padeço
Tenho
outra percepção
Às
vezes até me exponho
A
ser mal interpretado
Prefiro regar meu
sonho
A recordar o passado
II
O
presente é um desafio
Para
irmos mais além
Normalmente
eu só confio
Em
quem pensa assim também
Eu
tenho um pavor medonho
De
ficar estagnado
Prefiro regar meu
sonho
A recordar o passado
III
Remoer
velhas lembranças
Faz-nos
sofrer novamente
E
sepulta as esperanças
De
ser feliz no presente
É
por isso que me oponho
A
aceitar esse fado
Prefiro regar meu
sonho
A recordar o passado
IV
Não
digo para esquecer
O
que nos foi importante
Digo
pra não padecer
E
sofrer a todo instante
Vejo
um semblante tristonho
Em
quem vive nesse estado
Prefiro regar meu
sonho
A recordar o passado
V
Feliz
foi quem desfrutou
O
tempo que já viveu
Pois
se foi bom já passou
Se
não foi, também morreu
Mesmo
um passado risonho
Devia
ser sepultado
Prefiro regar meu sonho
A recordar o passado
VI
É
salutar recordarmos
Dos
nossos tempos de glória
Apenas
para lembrarmos
De
parte da nossa história
Pois
o passado é bisonho
E
o futuro apressado
Prefiro regar meu
sonho
A recordar o passado
Nota: Este Cordel é a
parte composta por Edmilton Torres para
uma parceria com o poeta Ansilgus.
O
mote foi uma adaptação feita por Ansilgus, da seguinte frase de Thomas
Jefferson (1743-1826), ex-presidente dos Estados Unidos, sugerida por Edmilton:
“Gosto
mais dos sonhos do futuro do que da história do passado”.
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