segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Amor que embriaga - Edmilton Torres



Uma vez do sono despertado,
A cama se tornou uma tortura
Passeando a esmo pela casa
Parei em frente da janela
A madrugada era nevoenta e fria
As luzes coloriam a neblina na rua deserta
Só eu a observar o silêncio
As luzes do stand by às minhas costas
Contrastavam com a escuridão da sala
O único som audível era minha respiração
No ceu nublado as estrelas fugiam de mim
Enquanto as horas deslizavam lentas,
Pensamentos dúbios me atormentavam
Enfim, a escuridão fugia expulsa pela aurora,
Que me cumprimentou em lágrimas,
Que escorriam pelas vidraças das janelas
E pelos para-brisas estacionados na rua
No quarto ao lado a cama rangia
Com o peso de o teu despertar
Sentiste a minha falta na cama
Pois ouvi tua voz sonolenta a me chamar
Voltei e me aqueci com o calor do teu corpo
Os lençóis macios foram testemunhas do nosso amor
Nossos olhos se contemplaram felizes
E aos poucos adormeci novamente
Acordei aos acordes da canção que ouvias
E partilhamos a emoção daquele momento

Cúmplices desse amor que nos embriaga

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