Uma
vez do sono despertado,
A
cama se tornou uma tortura
Passeando
a esmo pela casa
Parei
em frente da janela
A
madrugada era nevoenta e fria
As
luzes coloriam a neblina na rua deserta
Só
eu a observar o silêncio
As
luzes do stand by às minhas costas
Contrastavam
com a escuridão da sala
O
único som audível era minha respiração
No
ceu nublado as estrelas fugiam de mim
Enquanto
as horas deslizavam lentas,
Pensamentos
dúbios me atormentavam
Enfim,
a escuridão fugia expulsa pela aurora,
Que
me cumprimentou em lágrimas,
Que
escorriam pelas vidraças das janelas
E
pelos para-brisas estacionados na rua
No
quarto ao lado a cama rangia
Com
o peso de o teu despertar
Sentiste
a minha falta na cama
Pois
ouvi tua voz sonolenta a me chamar
Os
lençóis macios foram testemunhas do nosso amor
Nossos
olhos se contemplaram felizes
E
aos poucos adormeci novamente
Acordei
aos acordes da canção que ouvias
E
partilhamos a emoção daquele momento
Cúmplices
desse amor que nos embriaga
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