sábado, 16 de novembro de 2013

Em Olinda, poetas aproveitam a Fliporto para ensinar a arte do cordel



Rivani Frazão veio a caráter para apresentar seus cordéis na Fliporto (Foto: Katherine Coutinho / G1)Rivani Frazão veio a caráter para apresentar seus cordéis na Fliporto (Foto: Katherine Coutinho / G1)
Os apaixonados por literatura que sempre tiveram a curiosidade de aprender como se faz um cordel vão poder atender a esse desejo com os poetas durante a Feira Literária de Pernambuco(Fliporto), que acontece até o domingo (17), na Praça do Carmo, em Olinda. Os poetas se reúnem em barracas no entorno do coreto da praça, apresentando seus trabalhos, que falam de política a futebol, passando por religião e homenagens a artistas como Luiz Gonzaga e Dominguinhos. É a primeira vez que a Fliporto tem um espaço dedicado a esse tipo de literatura.
Raimunda Frazão improvisou poema assim que chegou a Olinda (Foto: Katherine Coutinho / G1)Raimunda Frazão improvisou poema assim que
chegou a Olinda (Foto: Katherine Coutinho / G1)
O poeta Luiz Esperantivo, de Orobó, no Sertão do estado, afirma que não tem mistério fazer cordel, é apenas preciso dedicação. "Quem chegar, eu faço um cordel de improviso e depois explico como que é feito, como é a métrica, como a gente faz a rima. Essa foi uma ideia que surgiu com o poeta Silvano Lira e a gente tem levado adiante", explica Esperantivo.
Vinda do Maranhão, a escritora Raimunda Frazão, de 62 anos, conta que leva para as escolas o ensino do cordel, como voluntária. "Acho importante a gente ensinar. Não é todo mundo que vai levar a tradição à frente, mas quem conhece passa a respeitar mais", defende Raimunda, que fez questão de escrever um pequeno verso assim que chegou a Olinda.
Cordelista olindense, Rivani Frazão acredita que é importante difundir a cultura do cordel, pois é uma das formas mais fáceis de atingir a população. "O cordel dá o recado direto, sobre qualquer tema, e as pessoas guardam. O poeta tem a habilidade de deixar registrada na mente das pessoas a informação que é importante", defende Rivani, que investiu na roupa customizada para ajudar a apresentar seus cordéis
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