quarta-feira, 9 de outubro de 2013

ESPLENDORES - Maria José Gomes

(...) Ficou entre elas como se fosse uma flor humana. Em seguida resvalou sobre a relva verdinha e molhada pelo orvalho. Uma maravilha!

 Assentou-se, no cimo duma colina, donde podia ver ao longe. Os lábios anunciaram com um sorriso, quando reconheceu seu amor que se aproximava a galope no seu cavalo trovão.
A relva e as copadas árvores eram de um verde brilhante. O vento, muito forte, balançava os matos verdes que pareciam “bandeiras agitadas a nos saudar”.
Fontes correndo em riachos que serpeiam por entre as pedras até o rio piscoso. Pássaros aninham-se em suas margens e cantam entre as folhagens.
Borboletas multicoloridas sugam o néctar das flores misturando-se, de tal maneira, às flores coloridas que quase não se distinguiam, exceto quando levantavam voo.
Uma casinha verde-montanha feita à mão, lagos nas laterais e cisnes nadando elegantes, pescoços eretos, fidalgos, alguns formando pares românticos, tornando-os ainda mais belos.
Nunca tinham presenciado nada parecido. Embevecida, contemplava todo panorama como a se despedir duma amiga íntima.
Despertou.

Maria José Gomes


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