PORQUE NÃO PARAS - AuzêhFreitas
Rasga a noite seus mantos
e sem pranto a alma ponteia
cortes que lhe foram dados.
No peito aberto, coração é cofre
e sinto unhas de gavião querendo
arrancar segredos lacrados.
Enquanto passeia sem ser pássaro,
a solidão fita um relógio de tempos tantos
num tic tac desfalecendo.
Quanto silêncio neste meu tormento,
e sem ventos a madrugada cansada
vem puxando o dia, desnovelando a vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário