domingo, 20 de abril de 2014

PESQUEIRA – MAIS UM ANIVERSÁRIO - Walter Jorge de Freitas

                            

                Neste dia 20 de abril, Pesqueira completa mais um aniversário. São cento e trinta e quatro anos de elevação à categoria de cidade. É, portanto, um dia apropriado para reflexão, já que não há tantos motivos para festejar.
            Para ofuscar mais ainda a data, este ano, além de cair em um domingo, fica imprensada entre a Sexta-Feira Santa e o feriado da Inconfidência Mineira.
            Infelizmente, ainda existe muita gente desinformada falando em emancipação política e isto não aconteceu com Pesqueira.
            Em 1762, a aldeia Arorubá foi elevada a vila e sede do Município que passou a se chamar Cimbres.
            No dia 13 de maio de 1836, segundo os historiadores, devido à sua evolução econômica, pela facilidade de acesso e por oferecer melhores condições de hospedagem, a povoação de Santa Águeda, situada ao sopé da Serra do Ororubá, foi transformada em sede do Município de Cimbres.
            Em 20 de abril de 1880, com nome de Santa Águeda de Pesqueira, ocorreu a sua elevação a cidade, sendo oficialmente declarada sede do município, conforme a Lei 1484.
            Por decisão do Conselho Municipal, em 1913 o nome de Pesqueira foi adotado em razão da existência da Fazenda Poço do Pesqueiro (ou de Pesqueira), fundada pelo capitão-mor Manoel José de Siqueira.
            A partir do final do século XIX, Pesqueira começou a se firmar como polo industrial, graças à instalação de fábricas de doces e de derivados do tomate.
            Em meados da década de sessenta as nossas indústrias foram atingidas por forte crise financeira e encerraram suas atividades em pouco tempo. Os grupos Rosa e Peixe por serem mais sólidos, resistiram até os anos noventa, mas mesmo assim, mudaram de donos várias vezes.
            Atualmente, vivemos momentos de transição econômica. Para surpresa de muitos, o comércio e a indústria moveleira estão em pleno desenvolvimento. Contamos, também, com o artesanato baseado na renascença e com o setor hoteleiro.
            O turismo religioso, por sua vez, não prosperou, por falta de ações mais eficazes do setor público. Temos ainda como fatos negativos, a falta de cuidado dos últimos prefeitos no que tange à fiscalização das obras. A população também clama por melhorias nos diversos serviços que lhe são prestados.
            Observa-se que a cidade está crescendo, mas isto acontece de forma desordenada, sem planejamento e o que é mais grave, sem contar com um departamento de limpeza pública eficiente. Realmente, não estamos bem na foto.



Pesqueira, 20 de abril de 2014.


                                  
                       
             

          

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