Walter Jorge, hoje (23) no Programa de Givanildo Silva, na Rádio Jornal, levando dezenas de CDs de Choro para a rádio e lendo a a crônica em homenagem à data. |
A chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil em 1808,
provocou mudanças sociais, econômicas, políticas e culturais. Com a Corte,
vieram funcionários e familiares que trouxeram para cá instrumentos e hábitos
musicais diferentes daqueles que já eram executados aqui.
A música
instrumental já existia no nosso território, pois os indígenas muito antes, já
usavam flautas, cornetas, taquaras, trompas, cabaças e outros instrumentos
feitos de madeiras ocas e outros materiais.
Aos poucos, notava-se a presença do sotaque brasileiro
na maneira de tocar os instrumentos e os ritmos trazidos pelos europeus, até
que em 1845, no Teatro Imperial de S. Pedro (atual Pedro Caetano), aconteceu a
primeira apresentação musical da polca como dança.
Foi assim que provavelmente surgiu o CHORO,
com influências mais diretas da polca e do lundu. A polca virou moda. Era só
que se dançava e se tocava nos encontros e rodas musicais realizados na cidade
do Rio de Janeiro.
Atribui-se a JOAQUIM ANTÔNIO DA SILVA CALLADO JÚNIOR
(1848-1880) a façanha de ter introduzido o CHORO no cenário musical brasileiro
a partir de 1870, mais ou menos. Foi CALLADO, flautista e compositor, o
fundador do primeiro grupo musical do gênero, ao qual se deu a denominação de
“O Choro Carioca”. Por ter pertencido à primeira geração de chorões e ter
atuado bastante tocando e ensinando essa maneira plangente de executar o choro,
recebeu o título de “Pai dos Chorões”.
O DIA DO CHORO é comemorado no dia 23 de abril, em
homenagem a PIXINGUINHA (1897-1973) maior expoente da música popular
brasileira. Filho de músico, o iluminado instrumentista e compositor deixou
verdadeiras joias para enriquecer o nosso cancioneiro. Lamentos, Rosa,Vou
Vivendo, Naquele Tempo e Carinhoso são algumas delas.
Pixinguinha, um dos ícones do Choro. |
O CHORO apesar de ter passado uma época meio
esquecido, aos poucos, retomou o seu lugar, graças à luta de grandes nomes da
música instrumental, seja interpretando ou compondo.
Em Pernambuco o choro é produto de primeira qualidade.
Isto tem motivado comentários elogiosos de Ícones como Paulinho da Viola, Pedro
Amorim, Maurício Carrilho, Hamilton de Holanda, Henrique Cazes, Guinga, Reco do
Bandolim e Luciana Rabello.
Marco César, Adalberto Cavalcante, Henrique Annes,
Bozó, Dalva Torres, Inaldo Moreira, Carlos Dantas, José Arimatea e Luiz
Guimarães trabalham diuturnamente na divulgação desse gênero que teve João
Pernambuco, Rossini Ferreira e Luperce Miranda como precursores.
Não devemos esquecer a importância
dos clubes do choro em algumas cidades brasileiras e a existência de escolas
como a Portátil de Música do Rio de Janeiro e a que funciona na sede da Cruzada
Feminina de Pesqueira, de onde estão surgindo verdadeiras promessas,
justificando, assim, a fama de “berço” de grandes “chorões”.
BIBLIOGRAFIA:
(Dicionário
Cravo Albin da MPB).
Encartes
de CDs (inúmeros)
Agenda
do Samba & Choro.
Pesqueira,
23 de abril de 2014.
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