sábado, 28 de dezembro de 2013
PRISÃO Do SILÊNCIO - Auzeh Auzerina Freitas
Rasgam caminhos, os vidros dos sonhos quebrados nas minhas veias.
Repicam os sinos nos campanários, clamando por saudade.
E chama-se Lázaro todo amigo que morreu.
Quisera poder dizer a cada um: Levanta-te. anda e vem.
Nas minhas cavernas há uma távola redonda e todos são iguais.
Os vinhos avinagraram e joquei as garrafas fora. Junto, o passado.
Quem cantava não canta mais e a voz foi embora.
Não há mais pedras no caminho, porque não haverá caminhos.
Cidade de faroeste abandonada, sem cores, um Colorado em mim.
As janelas estão calafetadas e eu afetada pela prisão do silêncio.
Se ficar louca, vestirei a camisa, sem reagir a força.
Estou desnuda. De tudo.
De tudo.
Poeta Pesqueirense
Recife, 27/12/13
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