Nasceu no Recife em
17 de março de 1921 e amou a sua cidade até os últimos instantes de sua vida, mesmo
tendo que deixá-la por causa da profissão que abraçou e exerceu em toda a sua
plenitude.
Pertenceu a uma
família que desfrutava de boa situação financeira, razão pela qual estudou em
bons colégios. Aos 17 anos já era boêmio de carteirinha e escrevia as suas
primeiras crônicas para os jornais da capital pernambucana.
Antônio Maria Como jornalista fez de tudo. Atuando nos
jornais, no rádio ou na televisão, passou por diversas funções. Redigiu
crônicas impecáveis, foi locutor, animador de auditório, narrador esportivo e
diretor.
Escolheu
a música como forma de expressar a sua saudade pela cidade que o viu nascer. Em
1951, iniciou a sua brilhante trajetória como compositor com o frevo-canção
intitulado Frevo nº 1 do Recife, composição que lhe abriu as portas para o
sucesso.
Mais
tarde, escreveu outros frevos para homenagear o Recife e ao mesmo tempo
enveredou por outros gêneros musicais, caprichando notadamente no samba-canção,
ao qual deu profundos sintomas de dor de cotovelo, a impiedosa roedeira que
maltrata sem pena a todos aqueles que se arriscam a amar sem limites.
Deixou
para o nosso cancioneiro pouco mais de 60 canções. Boa parte feita em parceria
com os melhores compositores de sua época, mesmo sendo bamba tanto fazendo
letras como melodias.
Manhã
de Carnaval de sua autoria em parceria com Luiz Bonfá e Ninguém me Ama, figuram
entre as suas composições mais gravadas no Brasil e lá fora.
Fez
mais dois frevos para homenagear a sua terra natal: Frevo Número
2 do Recife e Frevo Número 3 do Recife. No quesito
samba-canção, apesar de poucos, a qualidade do produto preencheu as exigências
tanto dos críticos, quanto dos apreciadores das músicas com forte carga
sentimental e, acima de tudo, dançantes.
Além
das já citadas, merecem destaque Portão Antigo, Menino Grande, O Amor e a Rosa,
Samba de Orfeu, Pense em Mim, Fulana de Tal, Valsa de Uma Cidade e Suas Mãos,
entre outras.
Com muita honra, assisti ao
relançamento do CD AO AMOR, ONDE O AMOR FOI DEMAIS, gravado pela excelente cantora
DALVA
TORRES, no dia 17 de março de 2011, no auditório da Fundação Joaquim
Nabuco. Naquela data, ele completaria 90 anos.
Aos mais interessados pela obra desse
importante pernambucano, cuja morte ocorreu no dia 15 de outubro de 1964,
sugiro que leiam no Jornal do Commércio de ontem (14-10), a excelente matéria
assinada pelo competentíssimo José Teles, que além de jornalista é boêmio.
Pesqueira,
15 de outubro de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário