Com
os olhos perdidos no azul distante
De
um céu abstrato e inatingível,
Nada
enxergo, além da própria alma,
Que
cá está, bem dentro de mim,
Igualmente
inatingível, porém sentida.
Na
inércia física, uma inquietude espiritual,
Como
um sono agitado numa noite fria.
De
repente, uma brisa leve que sussurra lembranças,
Faz
bater, no mais íntimo recôndito do meu Ser,
Uma
porta entreaberta.
Talvez
a espera de alguém
Ou
porque ainda não foi fechada
Após
a última partida.
E
assim desperto do meu transe.
O
céu continua azul, agora eu o percebo,
Mas
continua inatingível,
Como
aquele amor sempre esperado
Para
o qual a porta nunca será fechada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário